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As mudanças serão válidas já para as eleições de 2014.
Afirma o Senador Romero Jucá (PMDB-RR) |
O Plenário do Senado aprovou nesta quarta-feira, 20/11, em votação simbólica a minirreforma
eleitoral, com medidas que, de acordo com seu autor, senador Romero Jucá
(PMDB-RR), têm por objetivo diminuir os custos das campanhas e garantir mais
condições de igualdade na disputa eleitoral entre os candidatos. A matéria
segue para sanção presidencial. Segundo afirmou Jucá, as mudanças serão válidas
já para as eleições de 2014.
O PLS 441/12 foi aprovado no Senado em setembro,
mas voltou à análise da Casa porque a Câmara fez alterações ao texto do
relator, senador Valdir Raupp (PMDB-RO).
O texto aprovado proíbe, em vias públicas, propagandas
eleitorais em cavaletes e cartazes. Sendo permitido, apenas, o uso de bandeiras
e de mesas para distribuição de material, contanto que não dificultem o
trânsito de pessoas e veículos. Os deputados mantiveram na minirreforma a
proibição de propagandas como cartazes, placas, muros pintados em bens
particulares. Mas ficam permitidos adesivos com tamanho máximo de 40 por 50
centímetros. A proposta também proíbe a substituição de candidatos a menos de
20 dias das eleições e obriga a publicação de atas de convenções partidárias na
internet em até 24 horas.
Os senadores decidiram recolocar no texto o limite de
contratação de cabos eleitorais. Agora, a contratação de cabos eleitorais
fica limitada a 1% do eleitorado em municípios com até 30 mil eleitores. Acima
disso, será possível contratar uma pessoa a cada mil eleitores a mais.
O texto aprovado nesta quarta-feira, não altera a proibição
de doações a candidatos por parte de concessionárias e permissionárias de
serviços públicos. Essa proibição já é prevista na Lei 9.504/1997 e a parte que flexibilizava essa
proibição foi retirada do texto final.
Vários senadores criticaram que a minirreforma deixou de fora
pontos importantes como o financiamento público exclusivo de campanha. Outros
também levantaram dúvidas sobre a aplicação das novas regras já nas eleições de
2014. Mas o senador Jucá garantiu que as modificações valerão já para as
eleições do ano que vem.
O maior crítico da minirreforma foi o senador Mozarildo
Cavalcanti (PTB-RR). Para ele, o texto aprovado “não contribui em nada
para o aperfeiçoamento nem para a democratização do debate eleitoral”.
- Nós somos um minicongresso, por acaso, para estar aprovando
minirreformas? Por que é que a gente nunca faz uma reforma para valer? Essa
minirreforma nada mais é do que um esquema para proteger donos de rádio e de
televisão – afirmou Mozarildo.
O senador Wellington Dias (PT-PI) concordou com as críticas de
Mozarildo.
Fonte/Reprodução:
Agência Senado